Afinal, Disaster Recovery (DR) e Backup são a mesma coisa? Quais são as diferenças entre esses dois conceitos? É normal que esse tipo de dúvida surja, entretanto conhecer as particularidades de cada solução é essencial para que você defina o melhor serviço a ser contratado na sua empresa.
Para te dar uma mão com isso, vamos explicar neste artigo:
- No que consiste um Backup e um Disaster Recovery
- Quais são as principais diferenças técnicas entre esses dois processos
- Qual opção é a mais adequada para o momento do seu negócio
Pegue um café e prepara-se para aumentar seu repertório técnico.
O que é backup?
Backup é o processo de copiar dados de forma estruturada por meio da compactação dos mesmo em um local de segurança – que pode ser um data center próprio ou até mesmo em nuvem pública – debaixo de uma chave de proteção criptografada.
Em casos de perda de um servidor físico ou virtual de ambiente de produção, no qual está rodando uma determinada aplicação, o backup é a solução economicamente mais viável em um primeiro momento.
Um dos principais exemplos em backup que podemos citar está relacionado ao banco de um Software de Gestão ERP (como o SAP). Neste modelo, o tempo para retomar a base de dados e colocar o ambiente de produção ativo novamente pode variar entre alguns minutos ou algumas horas, uma vez que é necessário descompactar os dados e integrar a base com a reinstalação da aplicação.
Existem dois indicadores que podem impactar na agilidade da extração e recuperação dos dados do backup, que devem ser calculados para o bom funcionamento do plano de Backup:
Recovery Time Objective (RTO)
RTO (que pode ser traduzido como “Objetivo do Tempo de Recuperação”) é o indicador relacionado ao máximo de tempo que o sistema poderá ficar indisponível em uma situação de desastre.
Para calcular esse indicador é necessário levar em consideração o tempo máximo que a empresa consegue ficar com o sistema inoperante sem afetar muito nas suas atividades. A partir deste dado, é levantado o tempo máximo para a realização de todos os procedimentos, tais como: restauração de dados, instalações e atualizações. Assim, os profissionais de TI têm uma delimitação cronológica para avaliar a situação e propor um plano B, caso necessário.
Recovery Point Objective (RPO)
Já RPO (que em português seria algo como “Ponto Objetivo de Recuperação”) é a estipulação da margem de perda de dados em situações de falha. É uma métrica diretamente relacionada à periodicidade das rotinas de backup – que deverão ser programadas de acordo com esta margem.
Por exemplo, se o backup da sua empresa for realizado diariamente às 21h e o sistema cair à meia-noite, os dados coletados neste período de três horas serão perdidos.
O que é Disaster Recovery?
Já o objetivo do Disaster Recovery (DR) é reduzir ou até mesmo evitar o tempo de inatividade de serviço em uma empresa causado por uma situação de emergência.
Geralmente o DR é a cópia exata da infraestrutura, softwares e aplicações, alocado fisicamente com certa distância de onde fica a sede principal do cliente – geralmente em outro data center, outra unidade física de empresa .
Bancos e operadoras de cartão de crédito, por exemplo, são obrigados pelo Banco Central – BACEN a manter esse tipos de estruturas. Porém, mesmo que não tenham obrigação legal de ter um Disaster Recovery, grandes empresas costumam investir nessa solução.
Imagine o prejuízo financeiro que uma simples queda de alguns minutos pode causar aos grandes varejos! Por esse motivo, ter esse tipo de segurança de disponibilidade também impacta em outros fatores para as empresas como o recebimento ou não de investimentos externos.
As principais diferenças entre Backup e Disaster Recovery:
1 – Backup e Disaster Recovery são a mesma coisa?
Como vimos anteriormente, a resposta é: não.
O backup faz parte do processo de DR, mas é apenas um componente. O que realmente interessa quando se fala nessa operação é a rápida identificação de onde os dados de backup estão alocados. Por isso, o Disaster Recovery é uma operação mais complexa do que o backup, porque consiste em um processo completo de proteção de dados e serviços.
Uma solução de Disaster Recovery precisa não apenas proteger os dados, mas também, no caso de uma situação de emergência, fornecer uma maneira de identificar rapidamente onde os dados de backup estão, bem como restaurar esses dados com eficiência para o local correto.
2 – Qual opção é mais cara? E por quê?
A sustentação de um ambiente de DR pode ser mais custosa em alguns casos, mas existem diversas variáveis para esta resposta – por exemplo, se a solução de Disaster Recovery será física ou em nuvem. Em geral, soluções em Backup costumam consumir menos recursos por conta da compactação e da deduplicação de dados.
3 – Qual é a opção mais segura?
A resposta para esta pergunta também é relativa e depende da avaliação de uma série de requisitos. Quando se trata da eficiência entre estes dois modelos, é necessário ponderar sobre a realidade dos seus negócios junto a uma equipe técnica de apoio.
Disaster Recovery também pode ser a solução mais segura para alguns modelos de negócios, principalmente quando o foco é a disponibilidade de ambientes de TI – mas isso é assunto para outro artigo.
Dica de ouro para escolher a melhor opção para o momento do meu negócio:
Como já dissemos anteriormente, backup e Disaster Recovery são procedimentos que andam juntos. Entretanto, você não necessariamente precisa contratar um DR para realizar um backup. Por outro lado, para garantir um DR eficiente é necessário estabelecer rotinas de backup bem-sucedidas.
Por isso, escolher a melhor opção para o seu negócio vai demandar que você pense mais sobre as seguintes perguntas:
- Como minha empresa reagirá se um sistema parar de funcionar agora?
- Qual será o impacto desta falha?
- Posso esperar algumas horas para o reparo desta falha ou isso pode arruinar meus negócios?
Isso porque existem diversos fatores que podem influenciar na sua decisão entre estes modelos. Geralmente quando se fala em soluções de Disaster Recovery o foco é a alta disponibilidade, isso porque o Backup demanda algum tempo para ser efetivado, como já explicamos anteriormente.
Pense, por exemplo em uma empresa que fatura R$400 mil por hora. O impacto de uma inatividade de 3h pode ser catastrófico. Neste caso, a alta disponibilidade é um fator altamente relevante. Já para algumas PMEs, o Backup pode cumprir com todos os requisitos se o tempo de recuperação não for um problema.
Sabemos que existem muitas variáveis que podem influenciar na sua escolha. Por isso, se tiver ficado com alguma dúvida sobre Backup e Disaster Recovery ou se ainda não souber qual opção é a melhor alternativa para o seu negócio, entre em contato e receba a ligação de um de nossos especialistas.