Caso seus servidores ficassem indisponíveis agora e retornassem após algumas horas, qual seria a extensão do prejuízo? Se essa pergunta te deixou preocupado, provavelmente seu negócio utiliza um Ambiente de Alta Complexidade. Esse é o nome que se costuma dar para caracterizar os ambientes que não podem ficar indisponíveis por conta da criticidade das operações que suportam e que precisam contar com o mínimo possível de downtime. É por isso que ambientes de alta complexidade também são aqueles que pedem alta disponibilidade.
Para manter o ambiente de alta complexidade disponível é necessário investir em backup (que é um nível mais básico de segurança), conexão de internet e soluções de Disaster Recovery – DR. O Disaster Recovery é uma cópia exata de toda a infraestrutura, que deve ser mantida e alocada em um local diferente e com uma distância preestabelecida do data center principal, seja este um local físico ou em nuvem. Em uma situação de falha, o DR garantirá que sua empresa continue funcionando sem sofrer impactos na operação.
Porém, muitas empresas tendem a entender o DR como uma atividade-meio ou custo desnecessário, optando por manter apenas o backup, que é uma solução distinta – você pode conferir algumas diferenças entre DR e backup neste artigo. Por isso, hoje venho mostrar para você 4 fatos sobre Disaster Recovery em ambientes de alta complexidade para que você entenda por quê investir nessa solução.
1- Disaster Recovery deve ser compreendido como investimento
Trabalhar apenas com o backup não garantirá a restauração do seu ambiente de TI caso aconteça algum problema, de modo que, quando o backup é a única solução contratada, pode ser necessário refazer toda a infraestrutura em situações de falha. Também é importante saber que é possível ter um ambiente com o mínimo de downtime, mas isso demandará investimento. Isso porque, para garantir o pleno funcionamento de um servidor em Disaster Recovery, é necessário adquirir licenças, infraestrutura e link de comunicação, entre outros.
Existem diversos níveis de DR e a opção pelo modelo ideal para sua empresa dependerá de quais são os requisitos críticos das suas operações e de quanto poderá ser investido na solução. Mas ainda assim, o Disaster Recovery deve ser entendido como investimento por qualquer negócio que conta com um ambiente de alta complexidade – e nunca como custo.
Para alguns modelos de negócio também é possível optar por criar uma Cópia Fria – ou seja uma cópia “desligada” do ambiente – que demanda mais tempo de recuperação em relação ao DR, mas que já configura um nível maior de segurança do que contar apenas com o backup. Veja no tópico a seguir como entender o que faz sentido para o seu ambiente.
2- Priorizar serviços mais críticos é fundamental
Como entendemos anteriormente, o nível de Disaster Recovery está atrelado aos requisitos do seu ambiente, bem como ao orçamento que será investido na solução. Para isso, é necessário priorizar os serviços mais críticos na sua operação para entender o que é essencial. Dificilmente toda a infraestrutura do seu negócio deverá estar em Disaster Recovery, por isso é essencial realizar uma análise aprofundada do seu ambiente antes de desenhar o plano de DR, compreendendo:
- Quais aplicações e servidores são fundamentais para garantir a continuidade do seu negócio?
- Qual é a tolerância máxima caso esses servidores e aplicações fiquem indisponíveis?
- Existem momentos em que essas aplicações e servidores não estão sendo utilizados, nem por funcionários, parceiros ou clientes?
Nessa parte, poder contar com uma equipe de especialistas no assunto será o grande diferencial para o seu negócio, mantendo seu time focado naquilo que importa. O estudo da infra e o planejamento devem ser sempre as primeiras coisas a serem feitas quando estamos falando de Disaster Recovery em ambientes que precisam de alta disponibilidade. O resultado desse estudo será um Plano de Ação, que é o assunto do nosso próximo tópico.
3- DR em ambientes de alta complexidade precisa de um Plano de Ação
O Plano de Ação para Disaster Recovery em uma empresa precisa:
- Ser um inventário de toda a infraestrutura de TI e mapear onde estes equipamentos e ferramentas estão localizados, física e virtualmente;
- Ter em vista os tipo de aplicações e servidores que precisam ser atendidos com o DR (por exemplo: banco de dados, ferramentas de automação, entre outros);
- Entender quais são as aplicações e servidores críticos para a operação da empresa, definindo objetivos de recuperação e o que deverá subir no ambiente primeiro;
- Contemplar todas as possibilidades de desastre relacionadas à infra, incluindo desastres naturais, erro humano e depredações em geral;
- Traçar uma estratégia de recuperação de acordo com as aplicações, servidores e possibilidades de falha discriminados anteriormente;
- Determinar as melhores ferramentas e técnicas para a recuperação, bem como se essa recuperação será automatizada ou não.
Tendo em vista o desafio de elaboração do Plano de Ação, existem fornecedores de cloud no mercado que realizam serviços de consultoria para a construção deste plano, garantindo mais tranquilidade para o seu time em suas operações normais.
4- Disaster Recovery não é um plano de “prateleira”
Não existe um plano de Disaster Recovery pré-definido e que servirá para mais de um negócio. O DR é uma solução extremamente personalizada e individualizada, que precisa levar em consideração diversos aspectos das operações da empresa para ser desenhada. Para entender melhor essa parte, pense, por exemplo nas diferenças entre uma operadora de cartão de crédito, disponível 24h e uma indústria que opera apenas em horário comercial. Se há uma falha no ambiente às 3 a.m., a operadora de cartão de crédito sentirá mais do que a indústria. Por isso, os requisitos de disponibilidade já seriam diferentes.
Isso não quer dizer que a recuperação não poderá ser automatizada em alguns casos, garantindo que tudo funcione da maneira adequada. A automação é geralmente responsabilidade de uma pessoa no time técnico e caberá a ela disparar o processo de automação em situações de falha, o que poderá diminuir muito tempo do recovery. Já na Cloud, por exemplo, é possível fazer a automação de modo que, nesse caso, a própria nuvem entenda o que deverá ser realizado.
Como Cloud Computing mudou o Disaster Recovery
A nuvem é uma grande ferramenta de auxílio para o ambiente de DR. Antes, para garantir o funcionamento do ambiente de Disaster Recovery era necessário ter todo o ambiente e infraestrutura disponíveis, contando com hardware e software, para que um novo Data Center fosse montado. Com isso, havia muita ociosidade de equipamentos, surgiam problemas relacionados à deterioração dos mesmos e alto dispêndio de investimentos.
No ambiente em Nuvem, o investimento não está relacionado à compra de equipamentos, mas sim ao tempo de uso. Dependendo do plano de DR contratado, os próprios provedores renovam os equipamentos de maneira transparente, mantendo máquinas up-to-date. Caso aconteça qualquer problema na infraestrutura principal o provedor de cloud consegue criar uma máquina virtual com mais facilidade e em muito menos tempo, já que os recursos estão sempre disponíveis mesmo nos planos mais simples.
Assim como cada negócio tem suas particularidades, cada player de cloud oferece um serviço especializado e com benefícios diferentes, mais alinhados às necessidades da sua empresa. Então, caso você tenha ficado com dúvidas sobre como encontrar o fornecedor de nuvem ideal para o seu modelo de negócio, sugiro a leitura deste e-book, que vai te ajudar a tomar a melhor decisão na hora de definir seu fornecedor de cloud computing.