Infraestrutura de TI flexível: 3 requisitos para implementar

Lidar com as mudanças do mercado faz parte do dia a dia de qualquer empresa. Pesquisas recentes, como a Cloud 2025, demonstram como fatores externos podem acelerar a transformação digital dentro das organizações e impulsionar o processo de migração para a nuvem. A tendência é que as empresas em todo mundo busquem por um modelo de infraestrutura de TI flexível, que viabilize as operações independentemente do cenário, com o menor impacto possível para o negócio.

Apesar de ainda vermos muita resistência em algumas empresas por conta de experiências ruins no passado ou questões de compliance, implementar um modelo de infraestrutura que atenda a todas as demandas da sua organização não precisa ser um processo complicado — na verdade, o correto é que esse processo seja o mais simples possível. 

Neste artigo vou listar 3 requisitos para implementar uma infraestrutura de TI altamente flexível, que permita o avanço da transformação digital na sua empresa, reduza custos com a aquisição de hardware e manutenção do parque de TI, além de trazer mais autonomia para suas equipes. Boa leitura!

Cloud-first: primeiro passo das empresas em direção a uma infra mais flexível 

Não dá pra falar de infra flexível sem contar um pouco mais sobre as principais estratégias de adoção de cloud computing no mercado. Com o surgimento dos primeiros provedores de nuvem, há mais de 15 anos, a estratégia adotada pelas empresas para garantir mais flexibilidade para suas operações foi adotar o modelo conhecido como cloud-first. Nessa estratégia, as equipes de TI dão preferência por utilizar e desenvolver soluções cloud-based. Por isso, é um modelo em que a maior parte dos softwares já está na nuvem – mas não todos. 

Por questões de compliance, incompatibilidade ou até mesmo de custo, no modelo cloud-first muitas das aplicações utilizadas no dia a dia das operações ainda rodam em uma infraestrutura on-premise. Apesar de funcionar bem para algumas empresas, a estratégia cloud-first não garante flexibilidade total para a infraestrutura de TI. Portanto, a tendência é que esse modelo seja gradualmente substituído pela estratégia cloud-only.

Cloud only: a estratégia de ouro para uma infraestrutura de TI flexível

Cloud-only, como o próprio nome sugere, se refere a uma estratégia em que todas as aplicações já nascem na nuvem, desde o armazenamento até o desenvolvimento de novas ferramentas, sem práticas offline. Um bom exemplo de estratégia cloud-only na prática pode ser observado em diversas startups: por se tratar de um modelo altamente flexível, o cloud-only otimiza recursos e ainda ajuda a minimizar custos, oferecendo, assim, o cenário perfeito para o crescimento dos negócios.

Essas são apenas algumas vantagens de investir em uma estratégia cloud-only. Sabemos que o lado financeiro é um dos principais motivadores para que empresas considerem migrar seu ambiente de TI para a nuvem, mas quando o assunto é performance, segurança ou até mesmo disponibilidade das aplicações, cloud computing continua sendo a melhor opção. Se você quer saber mais sobre como a estratégia cloud-only vem mudando paradigmas nas empresas brasileiras e ainda não baixou nosso whitepaper, sugiro que dê uma olhada mais tarde.

3 requisitos para contratar uma infraestrutura de TI flexível 

As vantagens da cloud computing chamam a atenção de qualquer pessoa que tem interesse em impulsionar os negócios. Entretanto, é preciso estar atento no momento de escolher seu fornecedor de nuvem e analisar se sua oferta entrega, de fato, a máxima flexibilidade de infraestrutura para sua empresa. Confira os 3 principais requisitos que você deve procurar em um provedor de cloud computing para contratar uma infraestrutura de TI flexível de verdade!

1. Recursos computacionais disponibilizados em flavors

A grande vantagem da cloud computing é a escalabilidade, ou seja: a capacidade de dimensionar os recursos computacionais contratados de acordo com as demandas da sua empresa, com facilidade para aumentar ou reduzir a capacidade de processamento e storage sempre que precisar, em poucos cliques. Isso só é possível se o seu provedor de cloud oferece recursos com base em conjuntos de flavors.

Os flavors são pré-sets que definem as propriedades de determinado produto. Trabalhar nesse formato é como ter um cardápio com todas as opções que as empresas podem consumir quando se trata de cloud computing. Do ponto de vista do provedor de cloud e da sustentação desses ambientes, a disponibilização de flavors é o modelo mais adequado para assegurar saúde e estabilidade para seus clientes, bem como garantir que sua empresa poderá contar com os recursos que seus workloads precisam.

É comum que as organizações tenham diferentes demandas em um mesmo ambiente computacional. Portanto, em uma oferta de Virtual Machine, por exemplo, o ideal é que seu fornecedor de cloud ofereça variados flavors com diferentes níveis de prioridade de processamento, throughput de rede e capacidade de storage. Dessa forma, aplicações alocadas em máquinas em flavors com prioridade maior no cluster serão mais performáticos e seu limite de transferência de rede também será maior. Já as máquinas que suportam operações com nível menor de criticidade terão flavors com prioridade menor, que são menos onerosos e fazem sentido para a estratégia de negócio.

Quando se trata de storage, contar com variados flavors com diferentes tipos de volume, limite de operações e taxa de transferência elimina a concorrência de recursos em todo o ambiente, entregando a performance adequada para cada workload. Por isso, a maior vantagem dos flavors está justamente na orquestração: limitando os recursos disponíveis em pré-sets, o fornecedor de cloud está garantindo que todos os clientes aproveitem plenamente o recurso contratado.

Nesse modelo, também é possível aumentar ou diminuir os recursos disponíveis com eficiência e rapidez: ao invés de crescer indefinidamente, sua empresa terá métricas mais eficientes para medir o consumo de recursos, entender quais são os gargalos e se realmente há necessidade de contratar um flavor acima do atual, otimizando a alocação de recursos computacionais. Então, seja para empresas que lidam com sazonalidades, quanto para organizações que crescem constante e gradualmente, a contratação de soluções cloud-based por meio de flavors é mais recomendada.

2. Segunda zona de disponibilidade

Em TI, consideramos as operações que podem trazer impactos irreversíveis caso haja indisponibilidade como críticas; alguns exemplos são e-commerces e sistemas financeiros no geral. Para estas demandas o ideal é que as empresas possam trabalhar com uma estratégia de disaster recovery, agregando mais resiliência para a operação.

Para fornecer um serviço de qualidade aos seus clientes, o provedor de cloud deverá entrar em compliance com padrões internacionais, a exemplo da ISO 27001 e a certificação TIER, cumprindo com uma série de requisitos físicos e lógicos para garantir a segurança, performance e disponibilidade da infraestrutura. Porém, sabemos que nenhum data center (físico ou virtual) tem um SLA de 100%. Por isso, um dos principais requisitos que um fornecedor de cloud deve cumprir para entregar flexibilidade máxima para sua infraestrutura de TI é contar com uma segunda zona de disponibilidade, totalmente isolada e com abordagens de rede e energia individuais, garantindo alto nível de redundância. Assim será possível:

  • Replicar ambientes em produção
  • Aumentar os níveis de segurança do seu ambiente
  • Garantir máxima disponibilidade para aplicações e operações críticas
  • Entrar em compliance com os mais exigentes padrões globais

3. Soluções construídas com base em Open Source

Liberdade para flexibilizar a infraestrutura de acordo com a necessidade é um dos principais pontos do manifesto Open Source: a ideia é ter liberdade para adaptar os recursos que a sua empresa utiliza da forma que precisar, seja aumentando ou diminuindo os recursos consumidos, bem como adicionando novas funcionalidades a um conjunto de ferramentas pré-existente. 

Além desses pontos, faz parte das boas práticas do mercado que seu provedor possibilite realizar estimativas do seu ambiente de forma fácil e rápida por meio de uma interface Web, além de viabilizar a gestão da sua infraestrutura por meio de uma API, centralizando as principais atividades — desde o agendamento de processos, a análise de consumo de recursos, gestão de usuários e faturas. Isso simplifica o trabalho do seu time de TI e permite uma alocação mais eficiente de recursos computacionais.

A grande característica da nuvem, seja na estratégia cloud-first ou cloud-only, é ser mais flexível do que uma infra on-premise. Mas seguindo estes 3 requisitos, com certeza sua empresa terá uma infraestrutura mais aderente à estratégia de negócio, tanto do ponto de vista do valor e escalabilidade, quanto do ponto de vista da implementação de novas funcionalidades e inovação. 

Espero que essas dicas tenham trazido novos insights para você e agora, se quiser continuar lendo sobre o assunto para ajudar seu time de TI fazer a melhor decisão quando o assunto é investir em inovação, sugiro que você leia este artigo do Head of Sales da Binario Cloud, Gabriel Adorno.

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